sábado, 13 de setembro de 2008

Câmeras Pinhole

See also: Book of Optics and List of Chinese inventions

As far back as the 4th century BC, Greeks such as Aristotle and Euclid wrote on naturally-occurring rudimentary pinhole cameras. For example, light may travel through the slits of wicker baskets or the crossing of tree leaves. [1] The ancient Greeks, however, believed that vision is enabled by rays emitted from the eye. The discovery that vision results from rays entering the eye rather than being emitted by it enabled a much better understanding of the pinhole camera effect. It was the 10th-century Muslim physicist, astronomer and mathematician, Ibn al-Haytham (Alhazen), who published this idea in the Book of Optics in 1021 AD. He also invented the first pinhole camera after noticing the way light was streaming through a hole in a window shutter. He improved on the camera after realizing that the smaller the pinhole, the sharper the image (though the less light). He designed the first camera obscura (Lat. dark chamber). As a side benefit of his invention, he was credited with being first man to shift physics from a philosophical to an experimental basis.[2]

In the 5th century BC, the Mohist philosopher Mo Jing (墨經) in ancient China mentioned the effect of an inverted image forming through a pinhole.[3] The image of an inverted Chinese pagoda is mentioned in Duan Chengshi's (d. 863) book Miscellaneous Morsels from Youyang written during the Tang Dynasty (618–907).[4] Along with experimenting with the pinhole camera and the burning mirror of the ancient Mohists, the Song Dynasty (960–1279 AD) Chinese scientist Shen Kuo (1031-1095) experimented with camera obscura and was the first to establish geometrical and quantitative attributes for it.[4] In the 13th century , Robert Grosseteste and Roger Bacon commented on the pinhole camera. Between 1000 and 1600, men such as Ibn al-Haytham, Gemma Frisius, and Giambattista della Porta wrote on the pinhole camera, explaining why the images are upside down. Pinhole devices provide safety for the eyes when viewing solar eclipses because the event is observed indirectly, the diminished intensity of the pinhole image being harmless compared with the full glare of the sun itself.

Source: http://en.wikipedia.org/wiki/Pinhole_camera

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

As crónicas do Nuno

O Nuno é um jovem de 20 anos que conheci quando estava no Hosital Psiquiátrico, já o tinha vislumbrado durante um anterior internamento dele mas só o tinha conhecido na fase final do seu internamento quando ele já se encontrava estável, nunca o tinha conhecido na seu melhor, ou pior, dependendo do ponto de vista.
Quando ele foi internado encontrava-me à pouco mais de uma semana no hospital e tive a hipotese de conhecer melhor a sua história que, mesmo assim, ninguém conseguiu compreender bem o que se passou com ele, que se arastava nos corredores com um olho semi-fechado e uma voz rouca já tanto falar e nem os psicólogos nem os psiquiatras nem ninguém! Esta história veridica é ao mesmo tempo cómica e trágica; segundo ele, e tentanto seguir cronologicamente a sua narrativa dos acontecimentos, tudo começou quando estava de férias com os pais no parque de campismo de Quarteira, ele não contou o que fez mas acabou por ser expulso do parque de campismo pelos seguranças do mesmo para grande vexame dos seus pais, estava completamente descontrolado e acabou por ir directamente à polícia para conseguir entrar no parque de campismo que, como é de se imaginar, não lhe deram importância nenhuma e acabou a dormir com a namorada num terraço de uma pensão qualquer. Durante essa mesma noite foi procurar um vestido para a namorada mas antes encontrou uns feirantes vendendo artesanato como rãs, sapos, etc, a quem comprou um rato de brincar, um sapo e um assobio e iniciou conversa com esses indivíduos que acabou em drogas e armas e até foram tomar um copo juntos, durante a conversa descobriu que um deles tinha estado encarcerado, entretanto Nuno ia pedido cigarros aos desgraçados que passavam apesar de não fumar até que encontrou uns jovens a quem pediu mais cigarros, ele sentou-se num banco com a namorada a quem os jovens fizeram remoques e ele ameaçou-os com o seu arco e a sua flecha, que tinha comprado anteriormente a uns indios o Nuno afirma que queria cannabis para ter mais potência sexual. Com esse mesmo arco e flecha andou a massacrar caranguejos e, segundo ele, mergulhava nas àguas à procura de marisco, sempre armado do seu arco e flecha. Acabou no Hospital de Faro onde posteriormente foi enviado para Aveiro e depois para Lisboa, onde se encontra neste momento.
Por entre tentativas de fuga, destruição de material do hospital e devaneios semi-inventados por ele, Nuno tornou-se numa praga insopurtável para todos os outros doentes, intrometendo-se nas conversas, interrompendo as sessões terapêuticas e acabando por degradas a saúde mental dos doentes, enfermeiros e médicos que tiveram o azar de se cruzar com ele, o Nuno via televisão e dizia que as notícias eram por sua causa, que ele é que tinha causado a onda de violência que está a varrer o país.
Isto foi tudo narrado por ele e exemplificado através de gestos como atirar-se para o chão e simular lutas. Da minha parte assisti a tentativas de fuga da ala psiquiátrica, ao desmantelar de uma cadeira e de uma cama e teve de ser várias vezes amarrado a uma cadeira de rodas e à cama.
A propósito deste texto ele afirma: "O homem que domina tudo, vou para Hollywood fazer um filme!"

To be continued...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O velhote do síndrome de diógenes...

Havia um velhote que morava na mesma rua que eu cerca de 1km de distância da minha casa. Coleccionava lixo. Tinha uma compulsão enorme para acomular pilhas de objectos inúteis com a intenção de os desmontar e aproveitar cada pedacinho deles.
Tinha apenas um defeito, puxava e exibia sempre um grande maço de notas para pagar um simples café.
Achavamos-lhe piada e então atiravamos-lhe com zarabantas improvisadas carregadas de bolotas secas nele e nos seis seis cães, estes que durante a tarde se esfregavam e masturbavam no chão em frente do quintal dele.
O seu lixo era tanto que, além do seu próprio quintal, também já tinha alastrado para fora da casa dele, até que um dia a câmara municipal veio e levou-lhe o lixo todo. Desde que eu o conheci foram 10 anos de lixo e da vida do homem que lhe levaram, ele olhava, imóvel, do outro lado da rua à remoção de tudo o que lhe era mais valioso, o seu lixo. Chamávamos-lhe o Parasita, que sofria do síndrome de Diógenes. Foi brutalmente assasinado a tiro para lhe roubarem o rolo de dinheiro que ele exíbia. Morreu.